Organizações de direitos humanos, como a Human Rights Watch (HRW), expressaram sua indignação em relação à decisão, argumentando que ela não só coloca em risco a vida de pessoas inocentes, mas também infringe o Tratado de Ottawa, que proíbe o uso, produção e armazenamento de minas terrestres antipessoal, assinado por diversos países em 1997. A HRW alertou que a utilização dessas armas pode resultar em efeitos devastadores a longo prazo, especialmente em áreas densamente povoadas, onde os riscos para a população civil são agravados.
Os legisladores ucranianos, ao serem questionados sobre o uso das minas, afirmaram que se comprometeriam a evitar seu emprego em regiões habitadas. No entanto, a incerteza sobre a aplicabilidade dessa promessa preocupa ativistas e defensores dos direitos humanos. A vice-diretora da HRW, Mary Wareham, enfatizou que tal decisão, além de ser uma violação clara do compromisso internacional, tem o potencial de exacerbar o sofrimento civil tanto em curto como em longo prazo.
Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, comentou que seria difícil verificar a veracidade das informações sobre a autorização de Biden, mas não descartou a possibilidade de que tal estratégia da administração americana pudesse realmente estar em andamento. Neste cenário, as repercussões da decisão dos EUA vão além do campo militar e abrem espaço para discussões sobre ética, direitos humanos e a responsabilidade internacional diante de conflitos armados.
Essa polêmica iniciativa dos EUA diante da guerra na Ucrânia acende um alerta sobre as implicações do uso de armas indiscriminadas em conflitos e a necessidade urgente de respeitar os acordos internacionais que visam proteger civis em tempos de guerra. A comunidade internacional observa atentamente enquanto os desdobramentos dessa decisão se desenrolam no campo de batalha e se refletem nas vidas inocentes que se tornam vítimas de uma guerra sem fim.