EUA de Trump anunciam saída do Acordo de Paris pela segunda vez, reeditando decisão de 2017 que foi revertida por Biden.

Em um anúncio que remete a sua administração anterior, o presidente Donald Trump declarou, em seu primeiro dia de mandato em 2025, que os Estados Unidos irão novamente se retirar do Acordo de Paris, um tratado internacional que visa mitigar as mudanças climáticas. Este acordo foi formalmente assinado em 2016, durante a 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada em Paris, e visto como um marco para a colaboração global em torno de questões ambientais. Na ocasião, 175 países, incluindo potências como China, EUA e Rússia, assinaram o pacto, reconhecendo a urgência em enfrentar os desafios que as mudanças climáticas impõem.

Trump já havia tomado a mesma decisão em 2017, durante seu primeiro mandato, provocando ampla repercussão e críticas de diversos líderes globais e ambientalistas. A reversão deste ato ocorreu sob a administração de Joe Biden, que reingressou os Estados Unidos no acordo, reafirmando o compromisso do país com medidas de combate às mudanças climáticas.

Além de deixar o Acordo de Paris, Trump também anunciou sua intenção de retirar os Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde (OMS). O presidente criticou abertamente as políticas de financiamento da organização, alegando que o país deveria não ser responsável por contribuições financeiras mais elevadas do que as de nações com populações maiores, como a China.

Em suas declarações, Trump enfatizou sua visão de que a OMS não atuava de forma justa em relação aos interesses americanos, desencadeando um debate intenso sobre o papel das organizações internacionais e sua eficácia. O retorno ao cenário de abandono de acordos multilaterais evidencia a crescente polarização na política internacional e os desafios que os líderes enfrentam ao conciliar interesses nacionais com responsabilidades globais.

A decisão de Trump evidencia, portanto, uma abordagem unilateral em um momento crítico, pois a comunidade global busca soluções colaborativas frente às adversidades climáticas que afetam a todos os países. A repercussão dessas ações, tanto a nível interno como externo, deverá continuar a moldar as discussões sobre políticas climáticas e colaborativas nas próximas administrações.

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