Desde agosto, o Brasil já enfrenta uma severa tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos, que faz parte de uma estratégia mais ampla do governo americano, liderado por Donald Trump. Essa abordagem tarifária abrange uma nova rodada de aumentos que deverá começar a vigorar em 1º de outubro, variando de 25% a 100% sobre uma gama de produtos, incluindo medicamentos, caminhões pesados, móveis e utensílios domésticos. Além do Brasil, outros países afetados pela medida incluem Irlanda, Suíça, Austrália, Coreia do Sul, Reino Unido, Índia, México, Alemanha, China e Japão.
A justificativa do presidente Trump para essas grandes tarifas reside na proteção da indústria nacional e na necessidade de reduzir a dependência de importações, afirmando também que questões de segurança nacional estão em jogo. Lutnick, por sua vez, voltou a destacar que o principal problema com as nações mencionadas é o significativo déficit comercial que mantêm com os Estados Unidos. Como um dado alarmante, ele citou a Suíça, que, segundo suas informações, possui um saldo positivo de US$ 40 bilhões nas exportações para o mercado americano.
O secretário sublinhou que os países que desejam continuar a vender para o consumidor americano precisam se adaptar às novas regras estabelecidas. “Esses países precisam entender que, se querem vender para os consumidores americanos, é preciso ‘jogar bola’ com o presidente dos Estados Unidos”, enfatizou Lutnick. Ele salientou que o governo americano está pronto para adotar uma postura mais rígida nas negociações, a fim de criar um ambiente de trocas comerciais mais equilibrado e justificado.