EUA Consideram Sanções a Países que Adquirem Petróleo Russo, Revela Secretário de Energia

O secretário de Energia dos Estados Unidos, Chris Wright, apontou que a possibilidade de sanções contra países que adquirirem petróleo russo é uma realidade considerada séria, em meio a um cenário de incertezas económicas. A declaração veio após o ex-presidente Donald Trump sugerir que, na ausência de um cessar-fogo entre as forças russas e ucranianas em um período de 50 dias, os EUA poderiam impor tarifas de 100% sobre produtos russos, além de sanções secundárias a nações que continuassem comprando petróleo da Rússia.

Durante uma entrevista ao canal Fox News, Wright afirmou que medidas como essa teriam um impacto significativo sobre a economia russa, sendo as mais severas já aplicadas até o momento. Ele acredita que a pressão econômica pode contribuir para a resolução do conflito, embora alguns analistas e investidores se mostrem céticos em relação à efetividade dessas ameaças.

Publicações como a The Economist e a Reuters trouxeram à tona a desconfiança que permeia o mercado internacional quanto à implementação real das sanções propostas por Trump. Analistas apontam que a imposição de restrições ao petróleo russo poderia resultar em um aumento dos preços internos nos EUA, prejudicando as promessas de campanha do ex-presidente de controlar a inflação.

Adicionalmente, John Bolton, ex-assessor de segurança nacional de Trump, criticou as ameaças de sanções, considerando-as “ridículas” e argumentando que tarifas sobre exportações russas seriam ineficazes. A Rússia, por sua vez, afirmou repetidamente que está preparada para enfrentar a pressão econômica provocada pelas sanções impostas pelo Ocidente, que se acumulam em mais de 30 mil medidas ao longo dos anos.

Este panorama sugere um impasse tanto nas relações internacionais quanto nas dinâmicas de mercado, enquanto o Ocidente busca maneiras de intensificar a pressão sobre a Rússia em resposta às suas ações na Ucrânia. Resta saber como essas políticas afetarão não apenas a economia global, mas também as repercussões políticas que decorrem desse conflito.

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