EUA Consideram Isenção de Tarifas para Café e Frutas Tropical, Abertura de Negociações Antecede Aumento de 50% em Tarifas sobre Produtos Brasileiros

Na última terça-feira (29), o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, fez uma declaração que promete agitar o cenário comercial internacional. Em uma entrevista à rede CNBC, Lutnick sugeriu que produtos que não são cultivados em solo norte-americano, como café, manga, abacaxi e cacau, poderiam ter suas tarifas de importação zeradas. Segundo ele, esses itens são classificados como “recursos naturais” e poderiam ser isentos de tarifas se surgirem em futuros acordos comerciais.

Essa declaração surge em um momento estratégico, especialmente considerando acordos tarifários recentes, como aquele firmado entre os EUA e a União Europeia. Durante a entrevista, Lutnick destacou que, quando os Estados Unidos não produzem um determinado produto, existe a possibilidade de que esse item seja negociado com uma tarifa de importação de 0% em negociações bilaterais. Contudo, ele não especificou quais países poderiam se beneficiar dessa isenção, nem mencionou o Brasil, um dos principais players nesse cenário.

O timing das declarações de Lutnick é particularmente relevante, pois antecede a entrada em vigor de uma tarifa de 50% imposta pelo ex-presidente Donald Trump sobre uma variedade de produtos brasileiros, que começa a valer a partir da próxima sexta-feira (1º). O Brasil, que se destaca como o maior fornecedor de café para os Estados Unidos, responde por aproximadamente um terço do mercado norte-americano do produto. Entre janeiro e maio deste ano, os EUA importaram 17% de todo o café que o Brasil exportou, reforçando a importância dessa relação comercial.

Essas movimentações no comércio internacional sinalizam uma possível mudança nas prioridades de negociação dos EUA, especialmente em relação a produtos que têm grande relevância dentro do escopo das importações brasileiras. A expectativa agora é como essas novas diretrizes tarifárias poderão impactar os fluxos de comércio e a economia dos países envolvidos, especialmente o Brasil, que tem muito a perder ou ganhar em função dessas decisões comerciais.

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