Recentemente, o presidente Joe Biden emitiu uma diretriz que orienta o Departamento de Defesa a explorar alternativas de dissuasão que possam confrontar simultaneamente os desafios impostos por esses três países. Em resposta ao crescente poderio militar de adversários nucleares, o governo Biden tem trabalhado em várias frentes, incluindo a intensificação da cooperação militar com aliados na Europa e na Ásia. Uma das estratégias em estudo é o aumento do número de ogivas nucleares.
À medida que se aproxima sua nova administração, Trump herdará um conjunto significativo de programas de modernização e atualização do arsenal nuclear dos EUA. Entre as iniciativas previstas estão a modernização dos mísseis balísticos intercontinentais Minuteman III, a adição de mísseis nucleares em submarinos e o desenvolvimento de novas embarcações equipadas com esse tipo de armamento.
Além disso, a possibilidade de um novo entendimento sobre redução armamentista com a Rússia também poderá ser explorada por Trump. Isso se dá em um contexto onde, segundo um relatório do Departamento de Estado, a Rússia estaria cumprindo as limitações impostas pelos acordos existentes, apesar de ter suspendido sua participação em tratados nucleares com os EUA.
Entretanto, um fator complicador emerge na forma do crescimento exponencial do arsenal nuclear da China, que, de acordo com análises, poderá ter mais de mil ogivas nucleares até 2030. Isso representa um desafio estratégico sem precedentes, já que os Estados Unidos podem se ver obrigados a preparar-se para dissuadir duas nações com capacidades nucleares ao mesmo tempo.
Neste cenário, a segurança global enfrenta um novo e inquietante desdobramento, onde as decisões sobre armamento nuclear não só moldarão a posição dos EUA no mundo, mas também definirão as dinâmicas de poder em um sistema internacional cada vez mais multipolar e potencialmente conflituoso. A capacidade de resposta a estas ameaças será um aspecto crítico da estratégia de defesa americana nos próximos anos.