A ideia por trás dessa estratégia é evitar que a OTAN se envolva em conflitos fora de sua área tradicional de atuação, que se concentra na Europa e na América do Norte. Fontes próximas à administração indicam que o fechamento das portas da OTAN para novos membros é uma medida necessária para evitar que os EUA sejam arrastados a guerras em regiões distantes, como a Ásia ou o Indo-Pacífico. Esse movimento é visto como uma tentativa de limitar o papel militar dos EUA no continente europeu, promovendo uma maior responsabilidade de defesa entre os aliados europeus.
Além disso, Trump pressionou as nações da União Europeia a investirem mais na própria defesa, com o objetivo de reduzir a dependência dos Estados Unidos. A retirada gradual das tropas americanas de países como Alemanha, Polônia e Romênia foi mencionada como uma alternativa viável para que os europeus assumam um papel mais ativo em sua segurança. A proposta sugere que os Estados Unidos poderiam oferecer assistência militar e apoio logístico, sem necessariamente manter soldados em solo europeu.
Essa nova estratégia de Washington também se reflete no aumento de gastos militares dos países europeus. Em 2024, houve um crescimento de mais de 33% nos investimentos em armamentos e equipamentos, totalizando cerca de € 88 bilhões. Além disso, a Comissão Europeia lançou um ambicioso plano de defesa, anteriormente intitulado “Rearmar a Europa”, mas que agora é conhecido como “Prontidão 2030”. Este plano prevê que, nos próximos quatro anos, os países da UE destinem aproximadamente € 800 bilhões ao fortalecimento de suas capacidades militares.
Essas dinâmicas revelam não só uma mudança de postura dos Estados Unidos em relação à OTAN, mas também uma transição no equilíbrio de poder dentro da aliança, onde a responsabilidade pela defesa pode começar a ser mais compartilhada entre os membros europeus. O desfecho dessas mudanças poderia reconfigurar as alianças e a segurança no continente europeu nos próximos anos.