EUA Consideram Descontinuar Projeto de Submarinos Nucleares com Austrália e Reino Unido em Meio a Tensões Geopolíticas.



Os Estados Unidos, através do Pentágono, estão reconsiderando a continuidade do projeto AUKUS, que envolve a aliança com a Austrália e o Reino Unido para a construção de submarinos nucleares. Essa decisão surge em um contexto global de crescente tensão e complexidade nas relações internacionais, especialmente com a China, que se tornou uma preocupação central para Washington nos últimos anos.

O acordo AUKUS, firmado em setembro de 2021, tinha como objetivo reforçar a presença militar dos aliados no Pacífico, oferecendo à Austrália a capacidade de operar submarinos nucleares com tecnologia americana e britânica. Inicialmente, a previsão era de que os Estados Unidos fornecessem entre três e cinco submarinos até 2030, além do desenvolvimento colaborativo de tecnologias avançadas, como robótica subaquática, eletrônica quântica e segurança cibernética.

Entretanto, a revisão do projeto tem causado apreensão tanto no Reino Unido quanto na Austrália. A mudança de foco pode ser decorrente das novas diretrizes estratégicas que estão sendo moldadas dentro da administração atual dos EUA. A situação é especialmente delicada, uma vez que a relação entre Washington e Pequim continua a se deteriorar, o que eleva a importância militar e estratégica do AUKUS para a Austrália, que se vê na necessidade de modernizar suas forças armadas face à crescente agressividade da China na região.

O pacto, que pelo seu formato e intenções representa uma reconfiguração do equilíbrio de poder na Ásia-Pacífico, também levanta questões sobre como a política externa dos EUA está respondendo a novos desafios. A decisão de revisar o acordo poderia deslocar as premissas de sua criação e redefinir o papel dos aliados na proteção de seus interesses regionais.

Além disso, a necessidade de tecnologias de ponta na defesa, que inclui desde armas supersônicas até proteções contra ameaças cibernéticas, torna o AUKUS uma peça-chave para entender o futuro da colaboração militar traçada entre os três países. Assim, o que inicialmente parecia um passo firme diante das tensões internacionais agora enfrenta incertezas que podem impactar significativamente a segurança e a estabilidade da região nos próximos anos.

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