O governo da Venezuela, sob a liderança de Nicolás Maduro, criticou essas operações, afirmando que o verdadeiro objetivo dos EUA não seria combater o tráfico de drogas, mas sim promover uma mudança de governo em Caracas. Essa alegação foi acompanhada por um crescente descontentamento de países da região, como México, Colômbia, Cuba e Brasil, que já expressaram suas objeções à intervenção militar americana no Caribe.
Recentemente, a Casa Branca confirmou o deslocamento de três navios de guerra para a região, acompanhados por cerca de 4 mil soldados. Essa movimentação é marcada por tensões entre os dois países, especialmente após a acusação de que Maduro lidera uma organização criminosa conhecida como Cartel de los Soles. Em resposta a tais acusões, o governo venezuelano afirmou que as embarcações de seu país foram atacadas, sob a justificativa de que estariam transportando drogas, algo que Caracas refutou energicamente.
A situação se complica ainda mais com as declarações do presidente colombiano, Gustavo Petro, que demandou a abertura de um inquérito penal contra oficiais dos EUA responsáveis pelos ataques às embarcações venezuelanas. Petro enfatizou que as vítimas não pertenciam à notória gangue conhecida como Tren de Aragua, como alegado por Washington.
Esse enredo de intervenções e acusações ilustra a complexidade das relações entre os EUA e a Venezuela, evidenciando um cenário de incertezas políticas e tensões diplomáticas que podem ter repercussões significativas em toda a América Latina. A expectativa agora gira em torno da resposta de Trump e das reações da comunidade internacional a essa potencial escalada de conflitos, que poderá transformar ainda mais o delicado panorama geopolítico da região.