Os detalhes da venda incluem um lote significativo de mísseis, como os Hellfire e Sidewinder, além de munições para artilharia, tanques e metralhadoras, que devem fortalecer a capacidade militar da Arábia Saudita. O valor desse contrato é estimado em mais de US$ 1 bilhão. Para os Emirados Árabes Unidos, o pacote proposto inclui sistemas de foguetes guiados GMLRS e mísseis ATACMS, totalizando até US$ 1,2 bilhão. Essas vendas ainda precisam da aprovação do Congresso americano, que, caso não se manifeste contrariamente, permitirá o início das negociações contratuais entre os países envolvidos.
A decisão de Biden vem na esteira de sua política externa voltada para a estabilização da região, que inclui a busca por um entendimento mais amplo entre a Arábia Saudita e Israel. Neste cenário, Washington levanta algumas das restrições anteriormente impostas à venda de armamentos ofensivos para Riad, a fim de pressionar a nação árabe a pausar sua controversa intervenção militar no Iémen, onde os conflitos entre as forças sauditas e os rebeldes houthis ainda persistem.
Além disso, a intenção dos EUA em promover acordos diplomáticos entre aliados e adversários na região reflete um esforço para restabelecer a ordem e combater a influência iraniana. As concessões feitas pelo governo Biden, que diferem das posições mais rígidas adotadas no início de seu mandato, mostram uma adaptação às realidades geopolíticas em constante mudança. Com o cenário volátil que o Oriente Médio apresenta atualmente, esses movimentos estratégicos têm como objetivo não apenas fortalecer os laços com os aliados, mas também tentar trazer estabilidade a uma região marcada por conflitos prolongados.