O Departamento de Estado dos EUA formalizou a autorização de um acordo que contempla a comercialização de munições, kits de orientação e equipamentos tecnológicos, com um valor estimado em aproximadamente US$ 6,75 bilhões, cerca de R$ 36 bilhões. Esse montante inclui a entrega de mais de 2 mil bombas de pequeno diâmetro, além de cerca de 2,8 mil bombas explosivas de 500 libras, conhecidas como MK 82, e um número significativo de kits JDAM, que são utilizados para converter munições convencionais em armamentos guiados com precisão.
Além disso, a proposta também inclui a venda de 3 mil mísseis AGM-114 Hellfire, dirigidos de ar para superfície, a um custo de US$ 660 milhões (cerca de R$ 3,8 bilhões). A entrega desses mísseis está programada para iniciar em 2028 e deverá ser acompanhada de suporte técnico e treinamentos necessários para as forças armadas israelenses.
Autoridades do Pentágono ressaltaram que a entrega desse material bélico não apenas fortalece as capacidades de defesa de Israel, como também reforça a cooperação militar entre os dois países. Essa assistência militar é um reflexo da política externa dos Estados Unidos, que tem como um de seus pilares a segurança de Israel na região do Oriente Médio, uma área marcada por tensões políticas e militares.
Durante uma visita recente à Casa Branca, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, expressou ao presidente Trump seu interesse em encerrar a disputa com o Hamas, condicionando esse fim à saída dos líderes do movimento da região. Essa declaração se alinha com os esforços em curso para prolongar a atual trégua, que estabelece um cessar-fogo que está em vigor desde 19 de janeiro e foi resultado de negociações mediadas por Catar, Egito e EUA.
Com o foco nas negociações, Hamas anunciou recentemente que está se preparando para discutir uma nova fase do cessar-fogo em Gaza, buscando assim ampliar o acordo inicial que envolveu a troca de reféns. Em um cenário complexo e instável, a venda de armamentos pelos EUA a Israel continua sendo um ponto de destaque nas relações internacionais e na segurança regional.