EUA Apreendem Petróleo Venezuelano e Intensificam Ações Navais, Aumentando Tensão com Maduro e Caracas

Na última segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou que o governo americano manterá sob sua posse 1,9 milhão de barris de petróleo apreendidos de um navio-tanque nas proximidades da Venezuela. Durante uma coletiva de imprensa, Trump assegurou: “Vamos ficar com ele. Vamos ficar com os navios também.” Esse posicionamento se insere em um quadro de intensificação das operações navais dos EUA na região caribenha.

Nos últimos dias, a sequência de ações dos Estados Unidos chamou a atenção da comunidade internacional. No domingo, um terceiro petroleiro foi interceptado na costa venezuelana, marcando a terceira apreensão em um curto período — as duas anteriores ocorreram em 10 de dezembro e 20 de dezembro, quando os navios Skipper e Centuries foram igualmente bloqueados. Essas medidas fazem parte da determinação do presidente Trump de estabelecer um “bloqueio total” a embarcações ligadas ao governo venezuelano, que estão sujeitas a sanções.

Diante desse cenário, o governo da Venezuela expressou sua indignação. O presidente Nicolás Maduro acusou os Estados Unidos de conduzir uma “campanha de agressão” e de praticar “terrorismo psicológico”. O chanceler venezuelano, Yván Gil, acrescentou que cerca de 4 milhões de barris de petróleo do país foram “sequestrados” devido a essas recentes operações, e reforçou o discurso de que o país está sendo alvo de um bloqueio naval absoluto.

Trump comentou que essas ações são parte de uma estratégia para pressionar economicamente a Venezuela, cuja economia é fortemente dependente das receitas do petróleo. Em uma coletiva onde também abordou a construção de novos navios de guerra, o presidente insinuou que uma mudança política na Venezuela está sendo considerada, embora não tenha afirmado diretamente que o objetivo seja forçar a saída de Maduro do poder. Essa série de declarações evidencia o aumento das tensões entre Washington e Caracas, com repercussões que prometem intensificar os conflitos na região.

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