Nos últimos dias, a sequência de ações dos Estados Unidos chamou a atenção da comunidade internacional. No domingo, um terceiro petroleiro foi interceptado na costa venezuelana, marcando a terceira apreensão em um curto período — as duas anteriores ocorreram em 10 de dezembro e 20 de dezembro, quando os navios Skipper e Centuries foram igualmente bloqueados. Essas medidas fazem parte da determinação do presidente Trump de estabelecer um “bloqueio total” a embarcações ligadas ao governo venezuelano, que estão sujeitas a sanções.
Diante desse cenário, o governo da Venezuela expressou sua indignação. O presidente Nicolás Maduro acusou os Estados Unidos de conduzir uma “campanha de agressão” e de praticar “terrorismo psicológico”. O chanceler venezuelano, Yván Gil, acrescentou que cerca de 4 milhões de barris de petróleo do país foram “sequestrados” devido a essas recentes operações, e reforçou o discurso de que o país está sendo alvo de um bloqueio naval absoluto.
Trump comentou que essas ações são parte de uma estratégia para pressionar economicamente a Venezuela, cuja economia é fortemente dependente das receitas do petróleo. Em uma coletiva onde também abordou a construção de novos navios de guerra, o presidente insinuou que uma mudança política na Venezuela está sendo considerada, embora não tenha afirmado diretamente que o objetivo seja forçar a saída de Maduro do poder. Essa série de declarações evidencia o aumento das tensões entre Washington e Caracas, com repercussões que prometem intensificar os conflitos na região.
