As autoridades afirmaram que a nova regra proíbe cidadãos norte-americanos de se envolverem em investimentos que possam ser considerados uma “ameaça significativa” à segurança nacional. Isso inclui a exigência de que investidores norte-americanos notifiquem o Tesouro sobre transações específicas relacionadas a essas tecnologias. Entre os tipos de transações que serão supervisionadas estão a aquisição de participação acionária em empresas chinesas e o financiamento para a construção de instalações de pesquisa na China.
Um exemplo concreto dessa nova regulamentação envolve empresas de investimentos americanas que já possuem ações em fabricantes chineses de semicondutores, como também casos em que uma companhia dos EUA compra terreno na China para desenvolver unidades de pesquisa ligadas à computação quântica. Além disso, a regra também abrange investimentos indiretos. Por exemplo, seria proibido que investidores americanos financiassem empresas chinesas que utilizam inteligência artificial para melhorar sistemas de reconhecimento, vigilância ou armas autônomas.
Outra preocupação levantada pelas autoridades é o investimento em empresas que estejam ampliando suas capacidades em computação quântica, uma tecnologia que pode ser utilizada para quebrar sistemas de criptografia, representando um risco à segurança nacional. Essa regulamentação é parte de um esforço contínuo dos EUA para conter a ascensão tecnológica da China e proteger a integridade de suas próprias inovações e infraestrutura crítica.
Com isso, a administração Biden sinaliza uma postura mais rigorosa em relação a investimentos estrangeiros que possam comprometer a segurança dos Estados Unidos, refletindo um ambiente de crescente tensão nas relações entre os dois países. O impacto dessa nova regra ainda está para ser totalmente medido, mas promete alterar o cenário de investimento e cooperação tecnológica entre as nações.