Trump não hesitou em criticar o governo chinês, afirmando que a decisão de implementar controles de exportação abrangentes sobre praticamente todos os produtos fabricados na China é um indicativo de um “plano elaborado” ao longo de anos, que atinge não apenas os EUA, mas todos os países envolvidos no comércio global. “Essa medida é inédita no comércio internacional e uma vergonha moral na forma de tratar outras nações”, disparou o mandatario.
Além das tarifas, o presidente também anunciou que a partir da mesma data, controles de exportação sobre softwares críticos serão acrescidos. Essa explicação não só reitera a intenção dos EUA de se proteger contra possíveis abusos tecnológicos da parte da China, mas também indica uma nova fase na competição por domínios estratégicos.
A situação se complicou ainda mais com a recente imposição por parte da China de novos controles sobre a exportação de terras raras e tecnologias associadas, que são vitais para a produção de diversos produtos tecnológicos de ponta, como smartphones e veículos elétricos. Essas medidas têm gerado preocupação em Washington, especialmente porque os recursos químicos necessários para tais indústrias são, em sua maioria, minerados na China.
Trump também comentou sobre uma reunião previamente agendada com o presidente chinês Xi Jinping, afirmando que a proposta perdeu a relevância diante das novas tensões. A decisão de cancelar o encontro traz à tona um novo e complexo cenário nas relações diplomáticas entre os dois países, que já enfrentavam desafios significativos.
Em resumo, essa escalada nas tensões comerciais entre EUA e China evidencia não apenas a fragilidade das relações bilaterais, mas também um alerta sobre os possíveis impactos para a economia global e as cadeias produtivas, que já experimentaram rupturas nos últimos anos. A postura de ambos os lados parece indicar uma era de competição cada vez mais acirrada.