Em uma postagem em sua plataforma “Truth Social”, Trump anunciou que uma nova série de tarifas será aplicada, incluindo uma taxa de 100% sobre produtos provenientes da China. Além disso, o presidente indicou que restrições serão impostas à venda de “qualquer e todo software crítico” para o país asiático. A motivação para essas medidas inclui acusações de que a China estaria controlando a exportação de elementos raros, essenciais para a fabricação de tecnologias avançadas, como semicondutores.
No mesmo dia, Trump também mencionou a possibilidade de cancelar uma reunião com o presidente chinês, Xi Jinping, que está agendada para a Cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), a ser realizada na Coreia do Sul no final de outubro. Entretanto, o presidente posteriormente declarou que a reunião deveria prosseguir conforme o planejado, demonstrando uma tentativa de manter uma linha de diálogo, apesar das tensões crescentes.
Ao ser questionado sobre quais produtos poderiam ser afetados pelos controles de exportação, Trump especificou que a aviação é uma área de preocupação. “Temos muitas coisas, incluindo uma grande coisa que é o avião. Eles (a China) têm muitos aviões da Boeing e precisam de peças”, afirmou, ressaltando a importância da fabricante americana no contexto das relações comerciais entre os dois países.
Recentemente, relatórios da mídia internacional indicaram que a Boeing estava em negociações para vender até 500 jatos à China. Os dados disponíveis revelam que as companhias aéreas chinesas operam um total de 1.855 aeronaves da Boeing, além de manterem mais de 200 pedidos confirmados para novos modelos. Essa relação comercial significativa entre as duas nações pode ser diretamente impactada pelas novas medidas de Trump, o que poderá desencadear repercussões no setor aeronáutico e nas relações bilaterais mais amplas.