Szijjarto enfatizou que os fundos norte-americanos foram direcionados especificamente para a oposição húngara e para meios de comunicação que se opõem ao governo atual. Em sua análise, Szijjarto afirmou que a ingerência externa ainda persiste, indicando que os esforços das entidades dos EUA podem não ter terminado com as eleições. O jornal húngaro Magyar Nemzet reportou que, de acordo com documentos do escritório de auditoria do estado húngaro, a coalizão de oposição, formada por seis partidos, recebeu pelo menos 4,6 milhões de euros de fontes estrangeiras durante a campanha eleitoral de abril de 2022.
Peter Marki-Zay, ex-candidato a primeiro-ministro pela oposição, corroborou essa narrativa em um podcast, afirmando que meses após as eleições, a coalizão recebeu suporte financeiro dos Estados Unidos na ordem de “centenas de milhões” de florins húngaros, o que ajudou a cobrir as despesas finais da campanha. Este financiamento teria origem na organização não governamental Action for Democracy, que foi criada em 2022 nos EUA e tem entre seus consultores figuras proeminentes, como historiadores e analistas políticos de renome.
No embate eleitoral, apesar da injeção financeira da oposição, a aliança liderada por Marki-Zay obteve uma quantidade relativamente menor de assentos em comparação ao Fidesz, conseguindo apenas 57 lugares na assembleia. A estrutura política da Hungria, portanto, continua a ser dominada pelo partido de Orbán, que segue à frente do governo pela quinta vez, reafirmando sua posição no cenário político nacional, mesmo diante das especulações sobre interferências externas significativas.