EUA Allegam Interferência em Eleições Húngaras de 2022, Diz Chanceler Peter Szijjarto sobre Gastos Milionários em Apoio à Oposição



No contexto das eleições parlamentares de 2022 na Hungria, o governo húngaro alega que houve uma tentativa significativa de interferência por parte de entidades americanas. De acordo com o chanceler Peter Szijjarto, os Estados Unidos investiram milhões de dólares em esforços voltados para desestabilizar o governo do primeiro-ministro Viktor Orbán. Apesar desse investimento substancial, o partido Fidesz, liderado por Orbán, conseguiu garantir uma vitória expressiva, conquistando 135 dos 199 assentos na Assembleia Nacional, assegurando assim uma maioria constitucional pela terceira vez consecutiva.

Szijjarto enfatizou que os fundos norte-americanos foram direcionados especificamente para a oposição húngara e para meios de comunicação que se opõem ao governo atual. Em sua análise, Szijjarto afirmou que a ingerência externa ainda persiste, indicando que os esforços das entidades dos EUA podem não ter terminado com as eleições. O jornal húngaro Magyar Nemzet reportou que, de acordo com documentos do escritório de auditoria do estado húngaro, a coalizão de oposição, formada por seis partidos, recebeu pelo menos 4,6 milhões de euros de fontes estrangeiras durante a campanha eleitoral de abril de 2022.

Peter Marki-Zay, ex-candidato a primeiro-ministro pela oposição, corroborou essa narrativa em um podcast, afirmando que meses após as eleições, a coalizão recebeu suporte financeiro dos Estados Unidos na ordem de “centenas de milhões” de florins húngaros, o que ajudou a cobrir as despesas finais da campanha. Este financiamento teria origem na organização não governamental Action for Democracy, que foi criada em 2022 nos EUA e tem entre seus consultores figuras proeminentes, como historiadores e analistas políticos de renome.

No embate eleitoral, apesar da injeção financeira da oposição, a aliança liderada por Marki-Zay obteve uma quantidade relativamente menor de assentos em comparação ao Fidesz, conseguindo apenas 57 lugares na assembleia. A estrutura política da Hungria, portanto, continua a ser dominada pelo partido de Orbán, que segue à frente do governo pela quinta vez, reafirmando sua posição no cenário político nacional, mesmo diante das especulações sobre interferências externas significativas.

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