EUA Alegam Destruição da Usina Nuclear de Fordow, mas Especialistas Questionam Evidências e Integridade da Instalação Continua a Ser Debate.



A recente declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e de outros oficiais da Casa Branca, sobre a suposta destruição da usina nuclear de Fordow, no Irã, gerou polêmica e reflexão em várias esferas. Desde o ataque, que supostamente “obliterou” a instalação nuclear, informações de inteligência dos Estados Unidos sugerem um cenário bastante favorável ao funcionamento da usina, o que contraria as alegações de completa destruição.

O questionamento sobre a validade das afirmações oficiais foi feito pelo ex-oficial das Forças Armadas da Suécia, Mikael Valtersson. Em sua análise, ele rejeita a ideia de que a presença de poeira de concreto nas ventilações seja um indicador suficiente de destruição significativa. Para Valtersson, mesmo um dano leve à usina poderia provocar a elevação de poeira, o que indica a complexidade da estrutura do local.

Além disso, Valtersson critica a eficácia das bombas GBU-57, utilizadas no ataque. Ele argumenta que, embora projetadas para penetrar até 60 metros em alvos subterrâneos, na realidade, poderiam ter alcançado apenas cerca de 30 metros na rocha subjacente da usina, que está enclausurada sob uma montanha. Tal condição geológica, segundo ele, limita o potencial de destruição das bombas em questão.

O especialista também levanta a possibilidade de que as instalações da usina tenham sido projetadas para suportar não apenas terremotos, mas também bombardeios, dada a localização do Irã em uma zona sísmica ativa. Este argumento sugere que a usina Fordow pudesse ter sido equipada com medidas que garantem sua resiliência a danos severos.

Contradizendo as alegações da Casa Branca, um recente relatório do Pentágono indica que os principais componentes da infraestrutura nuclear iraniana permanecem intactos. A CNN revelou que o estoque de urânio enriquecido e as centrífugas não foram destruídas, o que diminui a magnitude das afirmações sobre a efetividade do ataque.

Diante de todas essas informações, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, desmereceu a reportagem da CNN, acusando-a de ser uma tentativa de diminuir o impacto positivo da administração de Trump. Esta batalha de narrativas em torno da usina de Fordow exemplifica as complexidades da geopolítica atual, onde dados controversos e a retórica oficial se confrontam em um cenário de tensão crescente entre os EUA e o Irã.

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