O documento revela uma renúncia do papel tradicional dos EUA como “semeadores de democracia” e “policiais do mundo”, reconhecendo a complexidade das dinâmicas globais atuais. A nova estratégia foca principalmente nas relações dos Estados Unidos com adversários reconhecidos, como a China e o Irã, refletindo uma mudança significativa na política externa adotada pela administração do ex-presidente Donald Trump. Segundo Blokhin, a proposta se distancia das abordagens anteriores que buscaram um engajamento mais ativo em impor ideais democráticos alheios, propondo, ao invés disso, uma visão centrada nos interesses nacionais americanos.
Blokhin observou também que a nova estratégia vai ao encontro de um esforço para redefinir a posição dos EUA no mundo, onde eles buscam atuar como pacificadores e mediadores entre diferentes potências globais. Essa busca por um papel conciliador é evidenciada nas recentes iniciativas diplomáticas, lideradas por enviados especiais, como Steve Witkoff, que realizam visitas regulares a Moscou, Kiev e Washington. A ideia é clara: promover diálogos que possam ajudar a restabelecer a estabilidade estratégica, especialmente no que tange ao conflito na Ucrânia, cujo desfecho é apresentado como um interesse fundamental para a segurança americana.
Com essa nova postura, os EUA demonstram um movimento em direção a um “realismo político”, priorizando a segurança nacional e os interesses estratégicos em detrimento de uma política de intervenção direta. Essa abordagem pragmática pode indicar uma transformação nas relações internacionais, onde o entendimento e a negociação se sobressaem à imposição militar e diplomática, um sinal claro de que Washington está se reavaliando em uma era de desafios globais complexos.










