Estufa inovadora poderá garantir vegetais frescos a cosmonautas em missões a Marte, segundo cientistas russos da Universidade Estadual de Moscou

Cientistas da Rússia estão à frente de um projeto inovador que visa possibilitar a produção de vegetais frescos e ervas em viagens espaciais, um desenvolvimento essencial para futuras missões a Marte e também para a criação de bases lunares. Essa iniciativa pode mudar a forma como os cosmonautas se alimentam durante sua estada no espaço, proporcionando uma fonte constante de alimentos frescos.

A principal responsável pelo projeto, Anastasia Gross, já destacou que as estufas em desenvolvimento são modulares, permitindo uma montagem e desmontagem fácil. Isso possibilita adaptações conforme a necessidade do ambiente onde estão inseridas, seja em naves espaciais ou até mesmo em regiões inóspitas, como o Ártico. Esse novo modelo é economicamente viável, especialmente quando comparado a outras tecnologias de cultivo atualmente disponíveis.

As estufas projetadas têm a capacidade de cultivar plantas de até 30 centímetros de altura, como ervilha, tomates anões e pimentões. Além de serem nutritivos, a diversidade de plantas cultivadas é uma estratégia para manter um bom estado psicológico dos astronautas, oferecendo um aspecto visual variado aos seus pratos.

Um ponto importante ressaltado por Gross é que os suprimentos enviados da Terra, ao longo do tempo, se deterioram e perdem suas propriedades nutricionais. Além disso, os produtos são expostos a condições adversas, como radiação e vibrações, no espaço, tornando a produção de alimentos frescos uma alternativa mais saudável e especialmente necessária a longo prazo.

Para garantir a segurança das plantas, estas serão armazenadas em caixas lacradas, que permitem a troca de oxigênio com o ambiente, semelhante ao ar respirado pelos cosmonautas. A equipe de cientistas está realizando experimentos em condições que simulam a gravidade zero para entender como as plantas reagem ao ambiente espacial, utilizando equipamentos sofisticados que replicam as condições de um voo interplanetário.

Esse sistema de estufa não apenas se destina a missões a Marte, mas também a longas explorações lunares. Os cientistas projetam que essa tecnologia possa ser vital para estabelecer uma presença humana sustentável em outros corpos celestes. Quando tudo estiver finalizado, os cosmonautas também terão a habilidade de reparar a estufa, caso necessário, garantindo sua funcionalidade a longo prazo. Essa pesquisa representa um passo significativo em direção à autossuficiência alimentar no espaço, um componente fundamental para o sucesso das futuras colonizações em Marte e além.

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