Os estudos sobre a patologia avançaram consideravelmente, especialmente com a ajuda de doações de cérebros para pesquisa. Esses avanços têm levado o mundo esportivo a desenvolver protocolos visando minimizar os traumas e prevenir eventos como ETC. A coordenadora do Departamento Científico de Traumatismo Cranioencefálico da Academia Brasileira de Neurologia, Maria Elisabeth Ferraz, destacou que atualmente escolinhas de futebol nos Estados Unidos estão evitando que crianças treinem cabeceio até certa idade como medida preventiva.
Diversas instituições esportivas, como o Comitê Olímpico do Brasil (COB), têm adotado protocolos específicos de concussão para garantir a segurança dos atletas. Rodrigo Sasson, médico do COB, explicou que o protocolo SCAT é utilizado, o qual envolve avaliações físicas e neurológicas dos atletas. Da mesma forma, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) também segue diretrizes rigorosas para prevenção de danos cerebrais em seus atletas adaptados.
Em esportes de contato como o rugby, a preocupação com impactos cranianos é intensa. A Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) trabalha em parceria com a NFL para potencializar estudos na área de concussão. A diretora médica da CBRu, Lúcia Deibler, ressaltou que o esporte implementa medidas para reduzir os níveis de tackle, principal mecânica causadora de concussões. Além disso, o futebol também adotou recentemente um novo protocolo de concussão, que já está em vigor nas Séries A e B do Campeonato Brasileiro masculino.
Os cuidados e protocolos para prevenção de traumas cerebrais no esporte estão cada vez mais rigorosos e abrangentes. A segurança e a saúde dos atletas têm sido prioridade, com medidas preventivas sendo adotadas em diversas modalidades esportivas ao redor do mundo. A conscientização e o investimento em pesquisas são fundamentais para garantir a integridade dos praticantes de esportes de alto impacto.