Conforme explica uma especialista na área, o cérebro humano operou, ao longo da evolução, em um modo de autoproteção, priorizando a manutenção de hábitos já estabelecidos e a minimização do esforço. Este comportamento não deve ser confundido com preguiça. O cérebro, na verdade, busca economizar energia, uma característica inerente à sua natureza. Assim, mudar comportamentos requer do cérebro a formação de novas conexões neurais, um processo que exige tempo, repetição e persistência — todas variáveis que o cérebro geralmente tenta evitar.
Outro desafio significativo em relação à manutenção de metas é a motivação de curto prazo, característica fundamental na definição de novos objetivos. A liberação de dopamina, neurotransmissor relacionado ao prazer e à motivação, acontece quando um novo alvo é traçado. Porém, a falta de resultados rápidos pode gerar desmotivação. A ausência de recompensas imediatas faz com que o cérebro retorne ao que é confortável, ou seja, ao “piloto automático”.
Além disso, a definição de metas vagamente formuladas, como “entrar em forma” ou “melhorar a saúde”, contribui para a confusão mental e eleva as chances de desistência. O acúmulo de metas pode causar sobrecarga, levando à paralisação e à desilusão.
Diante desse contexto, a reflexão sobre como estabelecer objetivos de maneira prática e estruturada se mostra fundamental. Compreender as nuances do comportamento humano e do funcionamento cerebral pode ser o primeiro passo para elaborar planos que sejam não apenas desafiadores, mas também alcançáveis, permitindo que os indivíduos possam realmente vivenciar as mudanças que almejam.







