Segundo o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), a recomendação é que o governo federal adiante uma hora no relógio de algumas partes do Brasil ainda neste ano. Para o diretor-geral do ONS, Marcio Rea, a medida trará ganhos positivos para o setor elétrico, contribuindo para a eficiência do Sistema Interligado Nacional e ampliando a capacidade de atendimento na ponta de carga.
Os estudos indicam que, em cenários de grande afluência do Sistema Interligado Nacional, a redução da demanda máxima de energia elétrica no país poderá chegar a 2,9%. Além disso, a medida poderá trazer uma redução na demanda máxima noturna em quase todas as condições de temperatura.
O horário de verão tem o objetivo de economizar o consumo de energia elétrica no horário de pico, adiantando os ponteiros do relógio para que as pessoas aproveitem a luz solar por mais tempo e evitem ligar diversos equipamentos elétricos. Antes de ser extinto em 2019, o horário de verão era adotado em várias regiões do Brasil.
A decisão sobre o retorno do horário de verão depende do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deve se pronunciar após as eleições municipais. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, levará a recomendação do comitê ao presidente. Fontes do governo indicaram ser “muito provável” a volta do horário de verão, que tem o objetivo de aliviar a transmissão de energia durante o horário de pico.
Em meio a discussões sobre a medida, é importante considerar o impacto que o horário de verão pode ter não só na economia de energia, mas também nos hábitos e rotinas dos brasileiros. A retomada do horário de verão pode trazer benefícios para o setor elétrico, mas é necessário analisar todas as consequências e ouvir diferentes pontos de vista para tomar uma decisão consciente e responsável.