O experimento foi realizado em ratinhos que apresentavam sintomas de Alzheimer e menor incidência de câncer colorretal. Os animais receberam transplante de fezes de camundongos saudáveis e a taxa de câncer de cólon e reto voltou ao normal. Além disso, os cientistas observaram que os ratinhos com demência mostraram resistência ao desenvolvimento de tumores após indução nos experimentos.
A pesquisa identificou que a microbiota intestinal pode ter um papel crucial nessa relação. Uma bactéria específica, a Prevotella, foi apontada como responsável por proteger as células da inflamação, resultando em uma redução significativa de células pró-inflamatórias nos animais tratados com esse micro-organismo.
Estudos anteriores já haviam relacionado a microbiota intestinal a sintomas do Alzheimer, evidenciando a importância do equilíbrio bacteriano para a saúde cerebral. A presença da Prevotella Bivia, por exemplo, está associada à produção de endotoxinas que podem danificar neurônios relacionados a algumas demências.
Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica PNAS e reforçam a teoria de uma relação inversa entre a incidência de Alzheimer e câncer colorretal. Essa descoberta abre novas perspectivas para futuras investigações sobre a influência da microbiota intestinal na saúde do cérebro e do intestino.
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