Os dados apresentados pela pesquisa indicam três cenários distintos sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país. No curto prazo, entre 2025 e 2030, a média de crescimento do PIB pode passar de 2,38% (cenário intermediário) para até 3,02% com a aplicação das diretrizes do PTE, representando um aumento de 27%. Para o cenário pessimista, a projeção é de crescimento de 1,19% para até 1,83%, o que significa uma alta de 53%.
No médio prazo, de 2025 a 2040, o crescimento médio do PIB deve ir de 2,10% para até 2,38%, um aumento de 13%. Já no longo prazo, entre 2025 e 2050, esse crescimento pode variar de 2,05% para 2,21%. Em todos os cenários, a pesquisa demonstra que a economia brasileira poderá experimentar um crescimento estável e sustentável.
Em relação ao mercado de trabalho, o estudo aponta um aumento significativo nos níveis de emprego nos anos iniciais do PTE, com a expectativa de criação de até 2 milhões de vagas. Mesmo nas indústrias que tradicionalmente podem sofrer mais impactos, como a do petróleo, a perda de postos de trabalho é considerada não significativa, pois a capacidade de geração de novas oportunidades é ampla.
A desigualdade de renda, outro aspecto analisado, deve apresentar queda em todos os cenários de implementação do PTE. O levantamento revela que não há qualquer hipótese em que a desigualdade se amplie com as políticas propostas, mostrando um futuro mais justo e equitativo.
Além disso, a implementação do PTE promete acelerar a descarbonização da economia, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa. Com o plano, espera-se a eliminação do desmatamento e que o setor agropecuário se torne um removedor líquido de CO2, desde que acompanhados de políticas eficazes e avanços na produtividade da terra.
Esse levantamento foi realizado em colaboração com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e abrangeu nove cenários que consideram tanto os fatores mais otimistas quanto os mais pessimistas da política e economia brasileira. O resultado é uma primeira fase de análise que deverá passar por melhorias e incorporação de novas variáveis em futuras pesquisas.
Para Rafael Dubeux, secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, ainda é viável reformular os incentivos econômicos do país, mesmo diante de restrições fiscais. O PTE, que contempla eixos como Finanças Sustentáveis, Bioeconomia e Transição Energética, visa criar um futuro em que tecnologia, sustentabilidade e inclusão social caminhem lado a lado.