Estudo revela que humanos modernos e neandertais formaram famílias mistas por 7 mil anos, compartilhando DNA até 80 gerações.



Um estudo recente trouxe novas informações sobre a interação entre humanos modernos e neandertais, esclarecendo a duração do período em que essas duas espécies se cruzaram. Os dados indicam que essas interações ocorreram por um extenso intervalo de 7.000 anos, começando há aproximadamente 50.500 anos. Este cruzamento ocorreu em um contexto histórico em que grupos de Homo sapiens deixaram a África e se dispersaram pelo continente europeu, onde encontraram os neandertais, que já habitavam essas terras.

Esse novo entendimento foi alcançado através da análise genética de 275 indivíduos modernos e 59 ancestrais que viveram entre 45.000 e 2.200 anos atrás. A pesquisa revelou que, mesmo em gerações subsequentes, os vestígios de DNA neandertal foram detectados, evidencialmente na linhagem de uma família que viveu há cerca de 45 mil anos, mostrando como o material genético dos neandertais foi transmitido através de pelo menos 80 gerações.

Os pesquisadores acreditam que os primeiros encontros entre humanos modernos e neandertais se deram no Oriente Médio, na época em que os Homo sapiens deixaram o continente africano. A estratégia utilizada pelos cientistas incluiu a análise de ossos e crânios descobertos em cavernas da República Tcheca e da Alemanha, o que contribuiu para entender a complexidade das interações entre essas duas populações.

A descoberta também lança luz sobre a herança genética que muitos de nós carregamos hoje. Estima-se que as pessoas que descendem de populações que migraram da África possam ter entre 1% e 3% de DNA neandertal em sua composição genética. Essa conexão ancestral não apenas amplia nosso entendimento sobre a história da evolução humana, mas também reflete como as diferentes espécies do gênero Homo coexistiram e se misturaram ao longo do tempo. Analisando o passado, esses estudos oferecem uma perspectiva fascinante sobre como as interações humanas moldaram o nosso presente genético.

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