O professor Beizhan Yan, químico e coautor do estudo, destacou que a água da torneira pode ser uma opção mais segura em termos de níveis de microplásticos, quando comparada à água engarrafada. No entanto, ele alertou que a água da torneira pode conter outros poluentes, como metais pesados e carbono negro, que podem ser menos prevalentes na água engarrafada. Outros estudos anteriores também demonstraram que os níveis de microplásticos na água da torneira são significativamente inferiores aos encontrados na água engarrafada.
Mesmo que a água da torneira possa conter outros poluentes, pesquisadores acreditam que os processos convencionais de tratamento de água já em uso globalmente, como o processo de coagulação-floculação-sedimentação, podem remover nanopartículas da água, tornando-a potencialmente segura para consumo.
Os efeitos tóxicos das nanopartículas em humanos ainda não são comprovados, mas estudos laboratoriais e em animais sugerem que a exposição a essas moléculas pode causar morte celular, estresse oxidativo e respostas inflamatórias, processos que estão ligados à formação de tumores e agravamento de defeitos cardíacos congênitos.
Diante dessas descobertas, a discussão sobre a segurança da água engarrafada versus a água da torneira ganha força, e especialistas apontam a necessidade de estudos mais abrangentes para chegar a resultados mais conclusivos. Apesar disso, o estudo da Universidade de Columbia lança luz sobre as possíveis implicações para a saúde pública, o que pode levar as pessoas a repensarem suas escolhas de água potável no futuro.