Estes fatores, frequentemente classificados como cardiometabólicos, comprometem não apenas a saúde hepática, mas também elevam o risco de complicações severas, incluindo cirrose e insuficiência cardíaca ou renal. Apesar da gravidade da MASLD, ainda existem lacunas significativas na pesquisa sobre quais combinados desses fatores representam riscos mais elevados à vida.
Um estudo recente realizado pela Universidade do Sul da Califórnia revelou informações cruciais sobre essa relação. Publicado em uma respeitada revista médica, a pesquisa identificou as três condições que mais se correlacionam com um aumento do risco de morte entre os pacientes com a doença: hipertensão, pré-diabetes ou diabetes tipo 2 e diminuição do colesterol HDL.
Surpreendentemente, a hipertensão se destacou como o maior risco, aumentando as chances de mortalidade em 40%. Em comparação, a diabetes tipo 2 aumentou o risco em 25% e baixos níveis de colesterol HDL em 15%. O estudo trouxe à luz informações que podem mudar a abordagem clínica, enfatizando a necessidade de um monitoramento mais rigoroso da pressão arterial em pacientes que sofrem de MASLD.
Além disso, o estudo apontou que o acúmulo de gordura no fígado é uma condição que pode ser silenciosa nos estágios iniciais, manifestando-se com sintomas como dor abdominal, cansaço, e perda de apetite à medida que avança. Embora mais comum em mulheres sedentárias, a doença pode afetar indivíduos de diferentes perfis.
Os pesquisadores também observaram que cada fator cardiometabólico adicional presente aumenta o risco de mortalidade em 15%, sublinhando a importância de um cuidado integrado. Eles planejam investigar mais a fundo como genética, hábitos alimentares e consumo de álcool influenciam a progressão da MASLD.
Esses achados têm o potencial de redefinir estratégias de tratamento e intervenção, promovendo um enfoque mais holístico e proativo na gestão da saúde hepática global.