Em um contexto onde a segurança econômica parece escassa, os números refletem experiências dramáticas vividas por 84% dos participantes da pesquisa ao longo do último ano. Entre esses, muitos enfrentaram atrasos no pagamento de contas, obrigando-se a recorrer a empréstimos ou utilizar crédito. Até mesmo a negativação do nome se tornou uma realidade para muitos, evidenciando um quadro de instabilidade e falta de previsibilidade que permeia as finanças de grande parte da população.
O descontentamento com a situação econômica nacional é palpável, com 46% dos brasileiros expressando insatisfação em relação à sua condição financeira. Em contraste, apenas 16% se consideram satisfeitos, uma disparidade que ilustra o sentimento geral de insegurança econômica. A pesquisa também revela que, mesmo entre aqueles que tentam monitorar suas despesas, o equilíbrio financeiro não pode ser garantido. A cada mês, 39% dos entrevistados encerram suas contas sem sobras e 19% admitem dificuldades para quitar todas as obrigações financeiras.
Outro ponto alarmante diz respeito à falta de planejamento para o futuro. Quase metade dos entrevistados não possui uma reserva para emergências, e apenas 7% afirmam ter um plano sucessório ou testamento em andamento, apesar de 56% já terem refletido sobre a importância desse tipo de planejamento.
A pesquisa, realizada entre os dias 16 e 29 de julho, envolveu a entrevista de duas mil pessoas em diversas regiões do Brasil, apresentando uma margem de erro de dois pontos percentuais. Este panorama destaca a urgência de iniciativas que promovam a educação financeira e a criação de reservas pessoais, essenciais para enfrentar os desafios econômicos que assombram a população brasileira.









