De acordo com a ginecologista e obstetra Rita Sanchez, do Hospital Israelita Albert Einstein, a dor durante a inserção do DIU pode variar de mulher para mulher, dependendo de fatores como tolerância, experiências prévias e condições de saúde mental. Apesar do desconforto ser considerado suportável pela maioria das mulheres, um estudo realizado em um hospital britânico revelou que 42% das pacientes descreveram um leve desconforto e 41% consideraram o procedimento desconfortável, em contraste com a percepção dos profissionais de saúde.
A importância do assunto é tamanha que, em agosto de 2024, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos atualizou suas diretrizes, destacando a necessidade de os médicos conversarem com suas pacientes sobre opções para mitigar a dor e o incômodo durante a colocação do DIU.
Para facilitar o procedimento, recomenda-se inserir o DIU durante o ciclo menstrual, no terceiro ou quarto dia, quando o canal vaginal e o colo do útero estão mais abertos. Além disso, é possível utilizar analgésicos ou anti-inflamatórios conforme orientação médica. Outras formas de minimizar o desconforto incluem o uso de anestésicos e a avaliação da posição do útero.
O DIU não é apenas um contraceptivo, mas também pode ser indicado para reduzir o sangramento menstrual intenso, suspender a menstruação em algumas mulheres e proteger o endométrio da ação hormonal. No entanto, é importante ressaltar que o DIU não protege contra infecções sexualmente transmissíveis e algumas mulheres podem não tolerar o dispositivo devido a efeitos colaterais.