Publicado na renomada revista Lancet Public Health, o artigo sobre a pesquisa aponta que os homens são mais afetados por acidentes de trânsito, com uma incidência 72% maior do que nas mulheres, e pelo câncer de pulmão, com um aumento de 57%. Por outro lado, elas sofrem mais com problemas como dor lombar, com uma diferença de 61%, e transtornos de ansiedade, com 65% a mais de prevalência.
Os dados analisados abrangem o período de 1990 a 2021, evidenciando que as disparidades de gênero na área da saúde ainda persistem e, em muitos casos, se acentuaram ao longo do tempo. O critério utilizado para mensurar o impacto de cada problema foi o de “anos de vida ajustados para incapacidade” (DALYs), uma métrica comumente utilizada em epidemiologia para calcular quantos anos de vida produtiva uma pessoa perde em decorrência de doenças ou lesões.
As diferenças observadas foram atribuídas a fatores biológicos e culturais, como a sobrecarga de afazeres domésticos enfrentada pelas mulheres. Já no caso dos homens, a maior incidência de acidentes de trânsito está ligada ao comportamento associado a comportamentos de risco.
Diante disso, é evidente a importância de políticas públicas e ações de saúde que levem em consideração essas disparidades de gênero, visando garantir um cuidado adequado e equitativo para homens e mulheres em todo o mundo.