Essas estimativas refletem apenas os dados dos atendimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), deixando de fora as ocorrências na rede suplementar de saúde e atendimentos que não têm essas causas como principal fator. Diante desses números, especialistas destacam a necessidade de adotar estratégias combinadas para mitigar os efeitos nocivos desses produtos na saúde pública.
Uma das propostas é a implementação de impostos seletivos, tornando mais caros os produtos prejudiciais à saúde, como forma de desestimular o consumo e gerar recursos para o tratamento das doenças associadas. Além disso, campanhas de conscientização, semelhantes às realizadas contra o tabagismo, também são indicadas como medidas eficazes nesse contexto.
As organizações não governamentais defendem a inclusão desses impostos na reforma tributária, como uma estratégia duplamente benéfica: promovem a saúde da população e geram recursos para políticas de justiça tributária. Argumenta-se que setores que impactam negativamente a sociedade devem arcar com os custos associados e que a tributação específica pode financiar políticas essenciais para o país.
Os estudos destacam que as doenças relacionadas ao consumo de ultraprocessados e álcool provocam um alto número de mortes anualmente. Aumentar a taxação desses produtos pode não eliminar o consumo excessivo, mas tem o potencial de reduzir significativamente essas estatísticas, melhorando a qualidade de vida da população e gerando economia nos gastos com saúde pública.
É fundamental que haja um movimento conjunto entre governo, sociedade e setor privado para promover escolhas mais saudáveis e combater os danos associados ao consumo desses produtos. A conscientização da população e a implementação de políticas públicas eficazes são essenciais para garantir o bem-estar e a qualidade de vida dos cidadãos brasileiros.