Os dados, baseados em informações públicas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mostram um aumento significativo em comparação com as eleições anteriores. Em 2020, apenas 107 cidades tiveram candidaturas únicas, ou seja, o dobro do registrado para as eleições futuras. Esse é um cenário inédito e preocupante para a democracia brasileira.
De acordo com o Código Eleitoral, quando há apenas um candidato para o cargo de prefeito em um município, ele é automaticamente eleito com apenas um voto. A maioria dessas candidaturas únicas foi registrada no estado do Rio Grande do Sul, que conta com 43 municípios nessa situação, representando cerca de 9% do total de cidades gaúchas.
Além do Rio Grande do Sul, outros estados brasileiros também apresentam um número significativo de candidaturas únicas. Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Paraná e Piauí são alguns dos estados com mais municípios nessa situação. No total, 15 estados brasileiros terão pelo menos uma cidade com apenas um candidato a prefeito.
Diante desse panorama preocupante, a CNM enfatiza a importância da diversidade de opções para os eleitores e ressalta a necessidade de fomentar a participação política e incentivar a pluralidade de ideias nas eleições municipais. A entidade destaca que a falta de concorrência pode comprometer a legitimidade e representatividade do processo eleitoral, impactando diretamente na qualidade da gestão pública local.