A pesquisa foi conduzida com variedades de mandioca cultivadas no Nordeste e na região Sul do Brasil, que passaram por uma análise detalhada de sua composição química. Os resultados revelaram a presença de compostos fenólicos, amido resistente e fruto-oligossacarídeos (FOS), que possuem ação prebiótica, favorecendo a proliferação de bactérias benéficas no intestino.
A coordenadora nacional da área de Ciência de Alimentos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Marciane Magnani, destacou a importância da pesquisa. Segundo ela, a mandioca contribui para o equilíbrio dos micro-organismos do intestino, beneficiando a absorção de nutrientes, reduzindo inflamações e fortalecendo o sistema imunológico.
Além disso, a pesquisa também avaliou os impactos positivos da mandioca na microbiota de voluntários com doença celíaca, através de um sequenciamento genético que identificou as comunidades bacterianas e seus metabólitos. Manter a harmonia no ecossistema intestinal, com maior presença de bactérias benéficas, é essencial para a saúde geral do organismo.
A nutricionista Giuliana Modenezi, do Espaço Einstein Esporte e Reabilitação, ressaltou a importância de valorizar um alimento nativo, de fácil acesso e rico em nutrientes essenciais. Ela destacou que a mandioca pode ser consumida de diversas formas, como cozida em água, em receitas de sopas, purês e até no tradicional escondidinho. No entanto, é importante ter moderação ao consumir derivados da mandioca, como tapioca e farinha, devido ao alto teor de carboidratos e calorias.
Em resumo, a mandioca se destaca como um alimento versátil e benéfico para a saúde intestinal, trazendo benefícios para aqueles que buscam uma dieta equilibrada e nutritiva. A pesquisa brasileira reforça a importância de explorar e valorizar os alimentos locais, promovendo a saúde e o bem-estar da população.
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