Um recente estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition apontou que, para pessoas mais velhas, abandonar o peixe em uma dieta vegetariana pode aumentar o risco de demência. De acordo com pesquisadores da Loma Linda University Health, na Califórnia, enquanto as dietas vegetarianas estão geralmente associadas a uma melhor saúde em pessoas de meia-idade, esse cenário pode mudar para idosos.
O estudo analisou dados alimentares de 88 mil pessoas entre 30 e 85 anos dos Estados Unidos e do Canadá, incluindo aqueles que morreram durante o período da pesquisa. Os participantes foram recrutados entre 2002 e 2007 e acompanhados até 2015, sendo divididos em cinco categorias dietéticas: não vegetarianos, semivegetarianos, pesco-vegetarianos, ovo-lacto-vegetarianos e veganos.
Os resultados mostraram que, de maneira geral, os vegetarianos tinham 12% menos risco de mortalidade em comparação com os adeptos de dietas com carne. No entanto, os pesco-vegetarianos apresentaram um risco 18% menor de morte, enquanto os ovo-lacto-vegetarianos tiveram uma redução de 15% no risco. Os veganos, por sua vez, tiveram apenas 3% menos risco de mortalidade.
O principal autor do estudo, o professor Gary Fraser, ressaltou que a ausência de nutrientes essenciais, como os ácidos graxos presentes no peixe, pode estar relacionada a um maior risco de doenças neurológicas, como a demência, em vegetarianos mais velhos. Fraser destacou a importância de mais pesquisas para compreender plenamente a relação entre dietas vegetarianas e o risco de doenças neurológicas em idosos.
Diante dessas descobertas, fica a recomendação para que os idosos, ao adotarem uma dieta vegetariana, considerem a inclusão de peixe para garantir a ingestão adequada de nutrientes importantes para a saúde cerebral. Mais estudos são necessários para aprofundar o entendimento sobre a influência das dietas vegetarianas na saúde de pessoas mais velhas. Acompanhe as notícias sobre saúde para se manter informado sobre esse e outros assuntos relacionados!