O estudo aponta que as mortes por extremos de temperatura entre indivíduos com menos de 35 anos podem aumentar em até 32%, enquanto em outros grupos etários essa taxa poderia cair em 33%. Um dos fatores cruciais analisados na pesquisa é a umidade do ar, que pode dificultar a capacidade do corpo humano de dissipar calor, resultando em problemas como acumulação de suor líquido e um aumento na temperatura corporal.
As principais causas de morte relacionadas aos extremos de temperatura identificadas no estudo são problemas cardiovasculares, respiratórios e endócrinos, como diabetes. Os dados utilizados na pesquisa foram coletados no México, entre os anos de 1999 e 2019, e cruzados com informações de temperatura e umidade das estações meteorológicas locais.
Os pesquisadores acreditam que os resultados obtidos no México podem se repetir em outros países, especialmente aqueles que compartilham semelhanças em termos de estrutura industrial, clima e renda. O perfil etário das mortes devido ao calor ou frio foi analisado, considerando tanto o número de mortes quanto a expectativa de vida das pessoas afetadas.
Andrew Wilson, cientista da Universidade Stanford, na Califórnia, liderou o estudo e destacou que, até então, os idosos eram os mais afetados pelo calor, principalmente devido aos dados de estudos anteriores, que geralmente se concentravam em países com verões mais secos. Portanto, as descobertas desse estudo trazem novas perspectivas sobre o impacto do aquecimento global na saúde das diferentes faixas etárias.
Em conclusão, os resultados dessa pesquisa revelam a complexidade das consequências do aquecimento global e destacam a importância de políticas e medidas eficazes para mitigar esses efeitos e proteger a saúde das populações vulneráveis, especialmente os jovens.
