O governo de Javier Milei surpreendeu a todos ao anunciar aumentos de preços acima da inflação, impactando diretamente os estudantes estrangeiros. Diante desse cenário, muitos tiveram que interromper seus estudos e retornar ao Brasil, frustrados com a situação inesperada.
Outros optaram por recomeçar a formação no Paraguai, em busca de alternativas mais acessíveis e sem os impactos dos aumentos repentinos de preços na Argentina. Essa decisão representou um novo recomeço para muitos desses jovens, que buscam realizar o sonho de se tornarem médicos.
Segundo dados do Ministério do Capital Humano da Argentina, o país conta atualmente com 20.255 estudantes brasileiros de medicina, sendo que cerca de 12.131 estão matriculados em instituições públicas. Já os 8.124 restantes buscam formação em instituições privadas, como a Universidade Barceló.
Na Barceló, os estudantes brasileiros enfrentam aumentos significativos nas mensalidades, chegando a 25% em uma das sedes localizada em Santo Tomé, na fronteira com São Borja (RS). Enquanto a inflação na Argentina atingiu 106,98% desde o início do ano, os aumentos na universidade ultrapassaram os 325%, gerando ainda mais preocupações e desafios para os estudantes.
Diante desse cenário, muitos estudantes estão avaliando novas possibilidades e caminhos para seguir com seus estudos, em busca de uma formação de qualidade sem sacrificar suas condições financeiras. A saga dos estudantes brasileiros que buscavam cursar medicina na Argentina é mais uma demonstração dos desafios enfrentados por quem busca educação de qualidade em meio a instabilidades econômicas e políticas.