Estudantes bloqueiam renomado Instituto de Estudos Políticos em Paris em protesto contra ações de Israel em Gaza.

Na manhã desta sexta-feira, um grupo de estudantes tomou uma atitude radical ao bloquear o Instituto de Estudos Políticos em Paris, uma das instituições mais renomadas do mundo, exigindo uma condenação clara das ações de Israel na Faixa de Gaza. Esta ação ocorre em meio a uma onda crescente de protestos pró-Palestina nas universidades americanas, onde a repressão policial e detenções em massa têm sido relatadas.

Os manifestantes em Paris bloquearam a entrada do edifício histórico do Instituto com materiais de construção e caixotes de lixo, desencadeando uma ocupação que durou a noite inteira. Os estudantes, visíveis pelas janelas do centro, exibiam kufiyas na cabeça e bandeiras palestinas, demonstrando seu apoio à causa.

O comitê Palestina do Instituto de Estudos Políticos de Paris ecoa as demandas de seus colegas americanos, pedindo o fim da colaboração com instituições cúmplices da opressão do povo palestino e exigindo o cessar da repressão às vozes pró-Palestina no campus. O presidente do Conselho Representativo das Instituições Judaicas de França (Crif) expressou preocupações em relação a essa mobilização, classificando-a como perigosa.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, a violência policial e as prisões em massa não conseguiram deter os protestos em universidades como a Universidade do Sul da Califórnia, onde a tradicional cerimônia de formatura foi cancelada devido a medidas de segurança. Mais de 400 pessoas foram presas desde semana passada, e diversas instituições de ensino aderiram ao movimento pró-Palestina, pressionando por um cessar-fogo em Gaza e o corte de laços com empresas que apoiam a guerra de Israel contra o Hamas.

A repercussão desses protestos se estendeu por todo o país, forçando algumas universidades a suspender aulas presenciais e reorganizar cerimônias de formatura para evitar transtornos. O movimento estudantil pró-Palestina parece estar ganhando força e chamando a atenção não só das autoridades acadêmicas, mas também da sociedade em geral. A situação permanece tensa, com desdobramentos imprevisíveis à medida que os estudantes continuam a desafiar as políticas institucionais em nome da justiça e solidariedade.

Sair da versão mobile