O caso ganhou notoriedade em agosto de 2024, quando a polícia descobriu o corpo de um menino enterrado no quintal de Petrolini. A investigação posterior revelou que havia um segundo recém-nascido, encontrado em condições semelhantes, que falecera no ano anterior. A gravidade dos crimes e as circunstâncias em que ocorreram chocaram a comunidade local e suscitaram debates sobre saúde mental e apoio a gestantes.
De acordo com o Ministério Público, a jovem escondeu as gestações de sua família e do namorado, Samuel Granelli. As acusações afirmam que Chiara deu à luz sozinha e, em um ato de desespero ou desprezo, matou os bebês logo após o nascimento. Em um detalhe perturbador, o segundo parto ocorreu a apenas dois dias de sua viagem de férias com os pais para Nova York, levantando questões sobre sua capacidade de lidar com a situação de maneira adequada.
Durante uma conversa gravada antes do pleno desenvolvimento da investigação, Petrolini é surpreendida ao afirmar à sua família que “ninguém sabia de nada” e que ela tinha enfrentado todas as dificuldades sozinha. Contudo, a estudante defende sua inocência, alegando que os bebês eram natimortos.
A audiência realizada na última segunda-feira foi marcada por momentos de intensa emoção. Petrolini abandonou o tribunal quando a acusação apresentou uma foto do menino encontrado, e seu namorado, Granelli, também deixou a sala ao ver a imagem angustiante. Ele recentemente reconheceu os filhos, assinando os documentos de nascimento e óbito, dando-lhes os nomes de Angelo Federico e Domenico Matteo, em conjunto com Chiara.
Um tenente-coronel da delegacia local prestar depoimento, mencionou que amigos de Petrolini relataram um estilo de vida incompatível com a gravidez, caracterizado pelo uso frequente de álcool, cigarros e maconha. “Todos confirmaram categoricamente que Chiara não poderia estar grávida”, afirmou o policial durante o processo.
Neste cenário perturbador, a estudante permanece sob prisão domiciliar, monitorada por um dispositivo eletrônico, enquanto a sociedade espera uma resolução para um caso que toca em questões profundas sobre maternidade, responsabilidade e a realidade das jovens em situações vulneráveis.