As cotas da UnB levam em consideração critérios fenotípicos para determinar a condição racial dos candidatos, incluindo cor da pele, características faciais e textura capilar. Apesar de se identificar como parda e não ser percebida como branca em diversos ambientes, Mariana acabou não podendo assumir a vaga conquistada no curso de medicina.
Diante disso, a família de Mariana decidiu entrar com uma ação judicial contra o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), responsável pela organização do vestibular da UnB, na esperança de reverter a decisão da banca de heteroidentificação.
A jovem estudante expressou sua surpresa e indignação com a decisão da banca, afirmando que sempre se reconheceu como negra e se sentiu desrespeitada pela decisão. Mariana ressaltou a injustiça da desclassificação e sua determinação em lutar pelo seu sonho de estudar medicina.
A UnB, por sua vez, afirmou que o processo de heteroidentificação seguiu as normas estabelecidas no edital do vestibular, garantindo transparência e imparcialidade na seleção. Segundo a universidade, a comissão responsável pela avaliação considerou exclusivamente as características fenotípicas da candidata, concluindo que ela não se enquadrava nos requisitos para concorrer às vagas destinadas a pessoas negras.
Assim, Mariana Abreu Santos Póvoa continua determinada a contestar a decisão da banca e lutar pelo seu direito de ocupar a vaga conquistada no curso de medicina, mantendo viva a esperança de realizar seu sonho profissional. A história da jovem reflete a luta constante por equidade e reconhecimento das identidades raciais dos estudantes no acesso ao ensino superior.









