Estudante alagoana de Jornalismo é reconhecida por pauta inovadora sobre marisqueiras e vence prêmio da Globo, destacando a força das histórias locais.

Maria Eduarda Cardoso: Um Talento Promissor do Jornalismo Alagoano

No cenário do jornalismo alagoano, Maria Eduarda Cardoso Santos, estudante da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), se destaca ao conquistar o 2º edital da Academia LED — Jornalismo Globo na Universidade. Aos 19 anos, e atualmente no 4º período de seu curso, Maria Eduarda, carinhosamente chamada de Madu, traz à tona a história de luta das marisqueiras do bairro Vergel do Lago, em Maceió. Este grupo, que enfrenta os efeitos do afundamento do solo da lagoa Mundaú, encontrou na reinvenção econômica uma nova forma de subsistência.

Atuando como estagiária do Portal CadaMinuto, Madu fez parte de um projeto promovido pela Globo e pela Fundação Roberto Marinho, dentro do Movimento LED – Luz na Educação. A estudante compartilhou seu processo de criação da pauta que a levou à vitória. “Refleti sobre um tema que pudesse chamar a atenção da Globo. Foi assim que me lembrei da moeda social ‘Sururote’, que ajuda a movimentar a economia local”, explicou. Durante o mês de outubro, Madu dedicou-se a aprofundar-se em reportagens e pesquisas da Ufal, especialmente em relação ao crime ambiental causado pela Braskem, relevante no contexto da sua pauta.

O tema do concurso deste ano foi “Inovação nas cidades: onde o Nordeste se reinventa”, e contou com a participação de mais de 200 estudantes de toda a região. O trabalho de Maria Eduarda destacou como as marisqueiras do Vergel do Lago se uniram para recuperar sua autonomia econômica. Sua pauta não apenas impressionou os jurados, mas também ganhou destaque nas fases classificatórias, refletindo a realidade de muitas mulheres na região.

Além do prestígio, os dez selecionados recebem um prêmio de R$ 10 mil, destinado à produção de suas reportagens. Eles ainda terão a oportunidade de participar de uma experiência imersiva nas redações da Globo, com mentorias de profissionais renomados. Sobre a emocionante trajetória até a finalização do concurso, Madu confessou: “Chorei muito ao saber que era a única do estado entre as 15 finalistas. Mesmo que não vencesse, já era uma grande conquista.”

Ela também enfatiza o papel essencial da educação pública em seu desenvolvimento, reconhecendo a importância do apoio de colegas e da influência de professores. A docente Priscila Muniz, em particular, deixou uma marca significativa em sua formação com seu enfoque em questões ambientais.

Entusiasmada com essa conquista, Maria Eduarda compartilha que este prêmio representa mais que um reconhecimento pessoal: “É uma vitória da Ufal, dos meus professores e amigos, e de Alagoas. Estou vivendo a realização de um sonho!” Com uma trajetória promissora pela frente, Madu Cardoso emerge como uma voz representativa do novo jornalismo no Nordeste brasileiro.

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