O objeto envolvido nessa surpreendente dinâmica não era composto por rochas, mas apresentava características geladas. Os cientistas propuseram que a gravidade intensa da anã branca foi capaz de despedaçar um mundo gelado, fazendo com que seus fragmentos fossem atraídos e engolidos pela estrela densa. Essa análise pode ser fundamental para aprofundar o entendimento sobre a formação de planetas em sistemas estelares distantes e sobre a possibilidade de encontrar locais habitáveis fora de nosso Sistema Solar.
Localizada a impressionantes 255 anos-luz da Terra, a anã branca em questão é o remanescente de uma estrela com cerca de 50% mais massa que o nosso Sol. Embora sua dimensão atual seja equivalente à da Terra, sua massa é cerca de 190 mil vezes superior. Esse paradoxo de densidade é característico das anãs brancas, que são formadas após a exaustão do hidrogênio que alimentou suas reações nucleares ao longo de bilhões de anos.
As anãs brancas são conhecidas por exibirem uma gravidade poderosa, o que faz delas verdadeiros predadores no cosmos, capazes de engolir não apenas asteroides, mas também planetas e luas. No caso em questão, os cientistas analisaram como a crosta e o manto do corpo gelado foram provavelmente capturados pela anã branca, que, ao atrair esses fragmentos, revelou a fragilidade de corpos celestes em sua proximidade.
Os pesquisadores afirmam que, quando um objeto de menor massa se aproxima o suficiente de uma anã branca, a força gravitacional pode distorcê-lo a ponto de fragmentá-lo e desintegrá-lo. Essa nova compreensão não só enriquece o campo da astronomia, como também levanta questões intrigantes sobre a possibilidade de vida em outros planetas, ampliando os horizontes das investigações sobre o cosmos.