Estimativas do mercado indicam déficit primário em 2025 e 2026 abaixo da meta do governo, aponta relatório do Banco Central.



A mediana das estimativas do mercado financeiro, conforme o relatório Focus do Banco Central, aponta que em 2025 o país deve registrar um déficit primário de 0,60% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse número está distante da meta estabelecida pelo governo, que é de déficit zero, com uma margem de tolerância de 0,25 ponto porcentual para mais ou menos. Vale ressaltar que um mês antes, a projeção era de um saldo negativo de 0,64% do PIB, o que demonstra uma leve melhora nas estimativas.

Já em relação ao déficit primário de 2026, a estimativa intermediária se manteve em 0,50% do PIB, indicando certa estabilidade nas projeções ao longo das últimas quatro semanas.

No que diz respeito ao déficit nominal, a estimativa do mercado oscilou de 8,38% para 8,37% do PIB em 2025. Um mês antes, esse número era ainda menor, de 8,15%. Para 2026, a projeção passou de 7,60% para 7,55% do PIB, em comparação com 7,50% registrado quatro semanas atrás. Esses números evidenciam a preocupação com as despesas do governo e seus reflexos na economia do país.

É importante ressaltar que o resultado primário impacta diretamente o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal considera o saldo após o gasto com juros e outras despesas financeiras, o que demonstra a complexidade do cenário econômico atual.

Para a dívida líquida do setor público, como proporção do PIB, a mediana para 2025 permaneceu estável em 66,95%, enquanto para 2026 houve um leve aumento, passando de 70,80% para 71,19%. Esses números refletem a preocupação com o endividamento do país e a necessidade de medidas para conter essa tendência de crescimento.

Em resumo, as projeções do mercado apontam para um cenário desafiador para as contas públicas nos próximos anos, o que reforça a importância de políticas econômicas sólidas e eficazes para garantir a estabilidade financeira do país.

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