Segundo o delegado João Marcello, que supervisionou as investigações através da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) e da Delegacia de Estelionato, o criminoso enganou uma empresa do Paraná, fazendo-se passar por um funcionário oficial para viabilizar a transação irregular. A companhia começou a desconfiar da negociação quando entrou em contato com a concessionária e verificou que nenhum pedido havia sido realizado.
Diante da situação, a empresa registrou um Boletim de Ocorrência, o que permitiu que os investigadores começassem a reunir informações relevantes sobre o caso. A partir de dados obtidos pela polícia, foi possível localizar um caminhão que estava programado para coletar a carga na parte alta da cidade, iniciando assim o monitoramento do grupo envolvido. O delegado destacou que a equipe esteve atenta a uma tentativa de negociação do grupo criminoso, o que facilitou a abordagem policial.
No momento em que o caminhão começou a se movimentar, os agentes seguiram seu trajeto e conseguiram prender tanto o proprietário do veículo, que estava ciente da origem ilícita dos bens, quanto o estelionatário que havia se passado por funcionário da concessionária. Durante a abordagem, o criminoso tentou fugir, mas foi rapidamente interceptado pela equipe policial na localidade de Marechal Deodoro.
As investigações não se encerram com as prisões. Os produtos apreendidos foram levados à delegacia para os trâmites legais, e a polícia segue investigando possíveis outros compradores ou cúmplices envolvidos no esquema de desvio e comercialização de cargas ilícitas. O caso evidencia a importância da vigilância e da denúncia por parte das vítimas em situações similares.