Segundo informações divulgadas na tarde desta sexta-feira, a paciente segue entubada e sob cuidados de equipes de neurocirurgia, sem previsão de alta médica. A jovem foi levada para a unidade de saúde após ter sido atingida por um tiro na região do crânio, disparado por policiais rodoviários federais.
O caso ocorreu quando Juliana, acompanhada de familiares, estava a caminho de uma festa de Natal em Niterói. Durante a abordagem policial, os agentes dispararam diversas vezes contra o veículo onde a jovem se encontrava, atingindo-a gravemente.
O pai de Juliana, Alexandre Rangel, testemunhou o ocorrido e relatou que, mesmo após indicar que não representava ameaça, a polícia continuou atirando, provocando, inclusive, ferimentos em seu próprio dedo. A situação gerou revolta e questionamentos sobre a conduta dos agentes da PRF.
O Ministério Público Federal (MPF) iniciou uma investigação para apurar o caso, exigindo o recolhimento das viaturas e armas dos policiais envolvidos, além de informações sobre as medidas de assistência prestadas à família de Juliana. A Polícia Federal também está envolvida nas apurações do incidente, que chocou a população e levantou debates sobre a atuação das forças de segurança.
Diante da gravidade do episódio, a Polícia Rodoviária Federal afastou preventivamente os agentes envolvidos e abriu um procedimento interno para investigar as circunstâncias do ocorrido. A instituição expressou profundo pesar pelo acontecimento e afirmou estar prestando toda a assistência necessária à família de Juliana.
O caso de Juliana Rangel levanta importantes questionamentos sobre a segurança e a responsabilidade dos agentes públicos em atuações tão delicadas. A busca por justiça e pela verdade sobre o ocorrido segue, enquanto a jovem luta pela sua vida e sua família busca por respostas.