De acordo com informações obtidas junto à prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde e direção do hospital, Juliana apresentou uma evolução clínica nas últimas 24 horas, com as drogas vasoativas suspensas e mantendo sua estabilidade. O boletim médico divulgado no domingo informou que ela sofreu uma lesão por disparo de arma de fogo na região do crânio.
No entanto, mesmo com essa leve melhora, o estado de saúde da jovem ainda é considerado delicado. A equipe médica autorizou a redução da sedação para avaliação de estímulos neurológicos, mas ainda não é possível uma avaliação completa do nível de consciência e das possíveis sequelas que Juliana poderá enfrentar. Ela segue internada no CTI da unidade, em ventilação mecânica e sob os cuidados do serviço de neurocirurgia em conjunto com uma equipe multidisciplinar.
O episódio em que Juliana foi baleada ocorreu quando estava a caminho de passar o Natal com a família em Itaipu, Niterói. O carro em que ela estava foi alvo de disparos feitos por agentes da PRF na altura de Duque de Caxias, na véspera de Natal. Além de Juliana, seu pai Alexandre também foi atingido. As circunstâncias desse incidente estão sendo investigadas tanto pelo Ministério Público Federal quanto pela Polícia Federal.
A PRF, por sua vez, está apurando o ocorrido e ressaltando a importância de seguir as diretrizes de uso adequado da força durante operações policiais. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, enfatizou que as forças policiais devem ser exemplares em suas ações para não cometerem crimes no combate à criminalidade. A situação de Juliana ainda é delicada e requer cuidados médicos intensivos para sua recuperação.
