Esquerda radical alcança vitória surpreendente no segundo turno das eleições legislativas na França, aumentando incerteza sobre futuro do país.



Em um cenário de reviravolta eleitoral surpreendente, a coalizão de esquerda radical Nova Frente Popular saiu vitoriosa no segundo turno das eleições legislativas na França, de acordo com as primeiras projeções divulgadas pela boca de urna. A aliança conseguiu obter entre 172 e 215 dos 577 assentos da Assembleia Nacional, superando o partido de Marine Le Pen, Reagrupamento Nacional, que era considerado o favorito após o primeiro turno.

Com este resultado inesperado, a incerteza sobre o futuro político da França aumenta, já que nenhum bloco político conquistou a maioria absoluta. Diante disso, o primeiro-ministro Gabriel Attal, aliado do presidente Emmanuel Macron, anunciou sua renúncia, mas afirmou que permanecerá no cargo “enquanto o dever assim exigir”.

O presidente Macron, por sua vez, decidiu esperar para tomar decisões em relação ao novo governo, garantindo que a “escolha soberana do povo francês será respeitada”. O líder da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon, do partido França Insubmissa, comemorou a vitória da Nova Frente Popular como um alívio para a maioria das pessoas no país.

Mélenchon destacou a derrota do presidente Macron e sua coalizão, afirmando que o presidente deve reconhecer a derrota e convocar a Nova Frente Popular para formar um novo governo. Com nenhum bloco político alcançando a maioria absoluta na Assembleia Nacional, o cenário futuro da política francesa permanece incerto.

A eleição deste domingo foi marcada por um forte comparecimento dos eleitores às urnas, com uma estimativa de participação que pode chegar a 67%. A rejeição ao governo da extrema direita foi destacada como uma das principais mensagens desta eleição, com a Frente Republicana impedindo a vitória do Reunião Nacional.

O resultado das eleições demonstrou a importância da união entre a esquerda e a aliança de centro liderada por Macron para evitar um cenário favorável ao partido de extrema-direita. Agora, a França aguarda para saber como será formado o novo governo e quais serão os próximos passos políticos do país.

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