A operação denominada Oleandro revelou a atuação de um grupo estruturado que transportava grandes quantidades de cocaína em meio a carregamentos de flores provenientes da cidade paulista de Holambra. A investigação mapeou as funções bem definidas de cada integrante do grupo, que contava com cerca de 200 policiais na ação.
Os mandados de prisão temporária e busca e apreensão foram cumpridos em diversas regiões administrativas, incluindo Ceilândia, Samambaia, Guará, Águas Claras, Taguatinga, Gama, São Paulo, Foz do Iguaçu (PR), Valparaíso (GO) e Goiânia (GO). Além das prisões temporárias, a polícia solicitou o bloqueio de 20 contas bancárias e de pessoas jurídicas usadas para lavar o dinheiro proveniente do tráfico.
A liderança do esquema reside em um condomínio de casas na Ponte Alta, no Gama, e sua esposa, que atua como operadora financeira da organização criminosa, também foi presa. Três empresas de fachada em São Paulo foram identificadas como utilizadas para a lavagem do dinheiro do tráfico.
Um dos métodos utilizados pelo grupo consistia em misturar a droga com os carregamentos de flores para despistar a fiscalização nas rodovias. Um motorista de uma floricultura do DF era responsável por essa tarefa, recebendo valores pela busca e transporte bem-sucedido das cargas.
O esquema ainda contava com pequenos traficantes para a revenda da droga no varejo, sendo que o motorista recebia pagamento pelas entregas. A complexidade e a estruturação do esquema chamaram a atenção das autoridades que trabalharam na operação Oleandro.
Com a prisão dos envolvidos, a polícia espera interromper o fluxo de drogas e o lucrativo comércio ilegal que envenenava as ruas das regiões administrativas do DF. A atuação rápida e efetiva das autoridades na desarticulação desse esquema criminoso foi fundamental para combater o tráfico de drogas e promover a segurança da população local.