Segundo as correspondências, os responsáveis pela extorsão seriam funcionários de alto escalão do Hospital Penal Hamilton Agostinho, que está localizado dentro do complexo prisional onde Cleiton Oliveira Meneguit está preso. O detento, que precisava de um laudo médico para obter o direito à prisão domiciliar durante sua recuperação de uma cirurgia bariátrica, descreveu o episódio como sendo realizado por “abutres que só querem tirar proveito”.
Após a divulgação das cartas, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) iniciou uma investigação para apurar o caso. O relatório produzido pela Corregedoria da Seap aponta que o grupo de extorsão seria composto por policiais penais, incluindo o diretor do hospital, o subdiretor e o chefe de segurança da unidade, bem como profissionais de saúde e advogados.
Essas denúncias levaram à exoneração dos envolvidos e à abertura de uma investigação pelo Ministério Público. Além disso, advogados foram flagrados tentando intimidar a companheira do detento e a visitá-lo sem autorização. A situação gerou revolta e indignação, mas a secretária Maria Rosa Nebel assegurou que as autoridades competentes não medirão esforços para apurar e punir os responsáveis.
Diante da gravidade dos fatos, é essencial que a sociedade e as autoridades competentes estejam atentas para combater práticas abusivas e criminosas que possam comprometer a integridade e a justiça dentro do sistema prisional. A transparência e a responsabilização dos envolvidos são passos essenciais para garantir a segurança e a dignidade de todos os detentos e trabalhadores do sistema penitenciário.