ESPORTE – TJ-RJ retira Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF e determina nova eleição em 30 dias

Na última quinta-feira (7), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decidiu afastar Ednaldo Rodrigues do cargo de presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A decisão foi anunciada devido à extinção da Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público (MP) contra eleições consideradas irregulares pela entidade máxima do futebol brasileiro em 2017.

Seguindo a determinação do TJ-RJ, a CBF terá um prazo de 30 dias para realizar uma nova eleição, enquanto o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) assumirá a responsabilidade pela rotina administrativa da entidade. No entanto, cabe recurso por parte de Ednaldo Rodrigues.

A retirada de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF foi um pedido dos ex-vice-presidentes da entidade, que perderam seus cargos devido a um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em 2022. A decisão do TJ-RJ considera o TAC ilegal e determina a realização de uma nova eleição para o cargo de presidente da CBF.

O histórico que envolve a ação civil pública de 2017 inclui a acusação do Ministério Público de que a CBF teria aprovado um novo estatuto sem respeitar a convocação obrigatória dos representantes dos clubes da Série A, o que estaria em desacordo com a Lei Pelé. Além disso, o estatuto votado teria um critério diferenciado de valoração de votos, prejudicando os clubes na formação de maioria nas eleições.

Essa situação resultou na eleição de Rogério Caboclo como presidente da CBF em 2018, porém, o dirigente foi suspenso do cargo em fevereiro de 2022 devido à acusação de assédio sexual. Diante disso, o processo que apurava a eleição de 2018 foi suspenso, atendendo a uma solicitação da CBF e do Ministério Público fluminense.

A intervenção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na entidade levou a Fifa a pedir explicações sobre as consequências da decisão, uma vez que a entidade exige que suas associações filiadas sejam administradas de forma independente e sem influência indevida de terceiros, sob pena de sanções, como a exclusão da Copa do Mundo.

Diante desse cenário, a CBF terá que se reorganizar e realizar uma nova eleição para a presidência, enquanto o processo de intervenção e as ações judiciais envolvendo a entidade continuam.

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